A educação especial vem sofrendo modificações, e com certeza para melhor. A inclusão das pessoas com necessidades educacionais especiais-PNEEs no contexto escolar tem ajudado a acabar com o preconceito em relação a essas pessoas. Uma das ferramentas mais eficazes nessa luta têm sido as tecnologias assistivas que amenizam as diferenças através dos hardwares e softwares. Facilitam a comunicação e sem dúvida a interação com outros e com o meio. Temos que ficar atentos a toda e qualquer tecnologia que ajuda nosso aluno a fazer parte do mundo e não viver excluido.
No trecho abaixo temos uma visão maior desse assunto e para os que se propuserem a ver o trabalho na integra posto a referência.
HOGETOP, L e SANTAROSA, L.M.C, Tecnologias Adaptiva/Assistiva Informáticas na Educação Especial: viabilizando a acessibilidade ao potencial individual. Revista de Informática na Educação: Teoria, Prática
– PGIE/UFRGS. . V.5 N° 2 p.103-118 nov/2002
"A evolução das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) é contínua e acontece
atualmente numa velocidade que impõe constantes reformulações do nosso “saber fazer”.
Realmente não conseguimos acompanhar o ritmo das novidades nesta área. Os investimentos para o avanço da informática se fazem em todos os campos das atividades humanas, condicionando nossa vida cotidiana e trazendo mudanças nos modos de representação e percepção da realidade, uma “Mutação Antropológica”, como bem nos faz lembrar Levy, (1998).
Neste contexto, uma área da Educação tem sido particularmente revolucionada e impulsionada a reformular seus antigos parâmetros e paradigmas, a pensar sua ação e resignificar o sujeito da sua atenção, passando a valorizar sua linguagem particular, sua sensibilidade, seu conhecimento e imaginação, qual seja a Educação Especial. A mediação digital vem impreterivelmente favorecer,inúmeras novas oportunidades de acesso, em via dupla, ao conhecimento da cultura por parte do indivíduo e do indivíduo por parte desta. A Educação Especial tem agora novas perspectivas de abordar a diversidade humana e “des”cobrir todos que historicamente foram excluídos, escondidos, discriminados, encobertos pelas mais diferentes sociedades no continuum das épocas.
Neste momento, através da conscientização progressiva das políticas educacionais
internacionais pressionando, de certa forma, as nacionais, percebe-se pouco a pouco um comprometimento maior dos governos com o apoio às pesquisas e a busca de soluções para a acessibilidade das Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais (PNEEs) ao contexto social mais amplo. Focalizando o nosso país, segundo estimativas, há uma abrangência de 10% da população brasileira considerada como tal, o que representa dezesseis milhões de pessoas com deficiência. Recentemente aprovado, encontramos no PROJETO DE LEI 4767/98, que delinea a questão da acessibilidade de modo geral, por meio da “supressão de barreiras e obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios, nos transportes e meios de comunicação”. Ainda, no Cap. VIII, art. 21-II da referida lei, encontramos as disposições sobre as ajudas técnicas no sentido do poder público comprometer-se em fomentar programas destinados “ao desenvolvimento tecnológico orientado à produção de ajudas técnicas para as pessoas com deficiências”, tema que iremos tratar mais especificamente neste trabalho.
Carmen Basil, citada por Puche et al. (2000), enfocando a habilitação das PNEEs coloca que, se por um lado, há necessidade de um esforço no sentido de conseguir-se o máximo desenvolvimento das capacidades destes indivíduos, por outro, há uma premência em modificar-se o espaço físico, os atendimentos sociais, o acesso ao contato e conhecimentos das habilidades de todos os membros da sociedade com o objetivo de suprimir obstáculos físicos, barreiras de comunicação e atitudes desfavoráveis que limitam o crescimento pessoal e a qualidade de vida destas pessoas. Ainda segundo a mesma autora, um dos investimentos importantes na capacitação e habilitação destas pessoas, encontra-se justamente na provisão de ajudas técnicas.
No Brasil, vários termos tem sido adotados para denominar os novos artefatos
tecnológicos, que visam potencializar as capacidades das pessoas com qualquer tipo de
“dEficiência”, entre os quais, Tecnologia Adaptativa ou Tecnologia Assistiva, conforme a influência da abordagem européia ou norte-americana. Como a intenção deste trabalho é colocar diante do leitor, profissionais da área de Educação Especial, pais e PNEEs, um quadro explicativo e abrangente dos avanços trazidos pelas Tecnologias às pessoas com dÊficiência, usaremos os dois termos concomitantemente. Na verdade, embora sejam utilizados os diferentes termos, o objetivo é um só, eliminar barreiras de acesso ao mundo às pessoas com dificuldades, propondo soluções para os mais distintos tipos de necessidades especiais, sejam no âmbito das deficiências físicas, mentais ou sensoriais."
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